
A PF (Polícia Federal) de Campinas (SP) deflagrou uma operação em 12 estados e no Distrito Federal (DF) contra fraudes no Auxílio Emergencial que chegam a R$ 50 milhões. Os agentes cumprem 47 mandados de busca e apreensão, sendo 8 mandados em Rondônia. Além de dois mandados de prisão preventiva em Goiânia (GO) e Brasília (DF).
Conforme a PF, o alvo é uma organização criminosa com focos em 12 estados e no Distrito Federal.
Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara federal de Campinas e estão sendo cumpridos em Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Tocantins e no DF. Além disso, foi autorizado o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos investigados.
Os policiais realizaram a análise de RIFs (relatórios de inteligência financeira) além da quebra de sigilos bancários. Com isso, estima-se que a organização criminosa movimentou valores que ultrapassam os R$ 50 milhões, com mais de 10.000 contas fraudadas.
Já nas primeiras horas de operação, os agentes apreenderam cartões bancários, máquinas para efetuar pagamentos e outros objetos. A PF investiga 37 envolvidos pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa.
*Confira os mandados de busca e apreensão por cidade:*
Brasília (DF): 2
Goiânia (GO): 13
Santo Antônio do Descoberto (GO): 1
São José do Rio Ribamar (MA): 2
Alta Floresta (MT): 1
Juína (MT): 1
João Pessoa (PB): 1
Paulista (PE): 1
Recife (PE): 1
Jaboatão dos Guararapes (PE): 1
Paudalho (PE): 1
Teresina (PI): 1
Colorado (PR): 1
Rio de Janeiro (RJ): 1
Nova Iguaçu (RJ): 1
Machadinho d'Oeste (RO): 2
Ariquemes (RO): 3
Porto Velho (RO): 3
São Leopoldo (RS): 1
Guarulhos (SP): 1
Sorocaba (SP): 3
Ibiuna (SP): 1
Valinhos (SP): 1
Araras (SP): 1
Marília (SP): 1
Palmas (TO): 1
Investigação
A Polícia Federal começou a apurar o esquema em agosto de 2020 após a Caixa Econômica Federal encaminhar informações à PF de Brasília sobre 91 benefícios do programa de renda complementar fraudados. Eles somavam R$ 54,6 mil e foram desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica, residente e sediada em Indaiatuba (SP).
No decorrer da investigação, a Polícia Federal de Campinas identificou milhares de outras fraudes. Segundo a PF, o rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes eram de Goiás e Rondônia. Além disso, familiares de um dos suspeitos de Indaiatuba (SP) estavam em Rondônia.
Outra etapa da investigação descobriu que os beneficiários suspeitos receberam valores que pertenciam a 359 contas do Auxílio Emergencial. Os pagamentos eram feitos por pagamento de boletos e transferências bancárias.
Por fim, a PF informou que as apurações foram realizadas em conjunto entre Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União. Este grupo foi denominado Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (Eiafae).
Fonte: Redação SGC